Floresta

As florestas estão entre os ecossistemas com maior riqueza biológica do planeta e constituem o maior ecossistema terreste de armazenamento de carbono.

São também a maior fonte de fonte de recursos naturais que, geridos de forma sustentável, são renováveis, circulares e fundamentais para a descarbonização da economia.

As florestas são os pulmões do planeta: são lugares mágicos e repletos de vida, são o lar de mais de 75% da biodiversidade terrestre mundial

FAO, “The State of the World´s Forests”, 2018

100% da floresta das associadas Biond é certificada pelos sistemas FSC e PEFC.

A floresta portuguesa

Caracterização da floresta portuguesa

Com uma extensão superior a três milhões de hectares, a floresta é o principal uso do solo em Portugal, ocupando mais de um terço do país.

A esmagadora maioria dos terrenos florestais pertence a proprietários privados (91%), sendo os restantes repartidos por comunidades locais, os baldios (6%) e entidades públicas (3%).

Portugal apresenta uma elevada diversidade florestal. Em conjunto, as espécies autóctones representam 2/3 da floresta nacional.

As empresas associadas da Biond são responsáveis pela gestão de mais de 163 mil hectares de floresta, que representam 5,1% da floresta nacional, com várias espécies, de norte a sul do país.

“21,8% da floresta portuguesa corresponde a áreas protegidas, cujo principal objetivo é a conservação da biodiversidade e proteção das paisagens e elementos naturais específicos.”

State of Europe 2020

Florestas plantadas e bem geridas

Desenvolvem a Economia Verde e aliviam a pressão sobre as florestas naturais.

Grande parte do pulmão verde nacional corresponde a florestas plantadas. Desempenham um papel-chave na redução da pressão sobre as florestas naturais e oferecem contribuição valiosa para a conservação da biodiversidade.

Absorvem mais dióxido de carbono do que florestas formadas por árvores velhas e é comum substituírem outros ecossistemas degradados pelo homem, suportando maior diversidade biológica.

São fundamentais no reforço da resiliência e capacidade de adaptação às alterações climáticas.

Com a aplicação das melhores práticas florestais, são sinónimo de elevada eficiência produtiva e fonte ambientalmente saudável de matéria-prima para a indústria e de energia renovável.

São florestas mais protegidas

Os incêndios formam-se, na maior parte dos casos, na sequência do abandono da agricultura tradicional e da floresta que a complementava, da ausência generalizada de práticas de silvicultura dos espaços florestais e de políticas públicas que privilegiaram o combate em detrimento da prevenção e educação ambiental.

Em Portugal, nas áreas com gestão profissional de eucaliptais, pinhais ou montado, o perigo de incêndio é reduzido através da gestão ativa. Muitas vezes, estas áreas servem, inclusivamente, para travar a propagação de incêndios.

Os números demonstram a importância da gestão, uma vez que, em Portugal, quase metade da área ardida corresponde a matos e pastagens, seguindo-se o pinheiro-bravo e só depois o eucalipto (ICNF, período 1996 – 2021).

Foto: exemplo da diferença entre floresta bem gerida (esq.)e floresta não gerida (dir.)

Florestas plantadas e bem geridas fornecem bens e serviços e aliviam a pressão sobre as florestas naturais

FAO - Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura

Fileira de base florestal

Está na linha da frente na transição para o novo ciclo de bioeconomia, projetando novas utilizações para os recursos florestais.

Garante mais de 135 mil postos de trabalho, é fonte atrativa de rendimento para mais de 400 mil proprietários privados, combate o êxodo, abandono e ausência de gestão do espaço rural. Líder nas exportações de bens de elevado valor acrescentado nacional, contribui para a geração de milhares de empregos e cria valor para os proprietários florestais e para os agentes económicos intervenientes. Simultaneamente, contribui ativamente para a prevenção de fogos florestais.

Espécies florestais

Eucalipto

O eucalipto é o motor da floresta portuguesa. Importante fonte de rendimento para os proprietários, o eucalipto permite alavancar o investimento noutras espécies.

O eucalipto é uma espécie naturalizada que se encontra em Portugal há mais de 200 anos…

Eucalipto

O eucalipto é o motor da floresta portuguesa. Importante fonte de rendimento para os proprietários, o eucalipto permite alavancar o investimento noutras espécies. É uma espécie naturalizada que se encontra em Portugal há mais de 200 anos

Em Portugal, a área plantada com eucalipto corresponde a 26% do total da floresta portuguesa, representa uma área inferior à do pinhal e à área de sobreiro/azinheira. O consumo de água dos eucaliptais não difere do consumo dos pinhais e de outras espécies florestais. Existem bons exemplos em Portugal, onde em áreas outrora ocupadas por eucalipto existem hoje culturas agrícolas bem-sucedidas, contrariando a ideia errada de que o eucalipto desertifica os solos. O eucalipto devolve quase tudo o que retira ao solo e apresenta uma elevada eficiência de uso de  nutrientes. As plantações de eucalipto bem geridas e com adequado ordenamento podem ser bons locais de biodiversidade.

As florestas plantadas (de eucalipto ou não) podem transformar-se em habitats e refúgios mais favoráveis para animais e plantas (águia-de-bonelli nidifica maioritariamente em grandes árvores como são os eucaliptos). A fibra obtida a partir do eucalipto globulus representa maior produtividade, sendo que é necessária menos quantidade de madeira para a mesma quantidade de papel, quando comparado com outras espécies. O eucalipto globulus também se destaca pelo elevadíssimo nível de captação de dióxido de carbono e produção de oxigénio. Sendo a espécie que potencia mais ciclos de reciclagem, o eucalipto globulus é, também por isso, sinónimo de sustentabilidade.

26% da floresta
portuguesa

Uma área inferior à do pinhal, do sobreiro e da azinheira

Consumo de água
semelhante
Equiparável à dos pinhais e
de outras espécies florestais
Um aliado contra a
propagação de fogos
Área ardida nas plantações
geridas é inferior a 1%

Pinheiro-Bravo

É uma espécie de crescimento rápido e capacidade de se adaptar a solos pobres e degradados, o que muito contribuiu para que fosse, desde há vários séculos, a espécie mais utilizada na arborização do país.

A área de distribuição do pinheiro-bravo em Portugal começou a aumentar em resultado da intervenção humana…

Pinheiro-Bravo

É uma espécie de crescimento rápido e capacidade de se adaptar a solos pobres e degradados, o que muito contribuiu para que fosse, desde há vários séculos, a espécie mais utilizada na arborização do país.

A área de distribuição do pinheiro-bravo em Portugal começou a aumentar em resultados da interuenção humana a partir dos séculos XII e XIII. O pinhal de Leiria. mandado plantar pelo rei D. Afonso III e ampliado por ordem do rei D. Dinis, terá sido uma das primeiras iniciativas a promover o aumento da espécie em Portugal. Hoje, o pinheiro bravo é a espécie resinosa mais abundante de norte a sul de Portugal.

Como matéria-prima, a madeira do pinheiro-bravo possibilita um variadíssimo leque de soluções: pasta de papel, painéis de madeira, mobiliário, construção civil, marcenaria, etc.

Mas as utilizações não se limitam à madeira. O pinheiro-bravo é um excelente exemplo que comprova a célebre máxima de Antoine-Laurent de Lavoisier “na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. As pinhas, a casca, as agulhas e os rebentos também têm a sua utilidade e a resina (que já foi uma produção de referência em Portugal e está agora recuperação) é usada em variadissimas aplicações industriais.

Do ponto de vista ecológico, paisagístico e ambiental, o pinheiro-bravo contribui fortemente para um ecossistema equilibrado e promove a biodiversidade de fauna e flora onde se encontra instalado.

Múltiplas utilizações
Madeira, resina, pinhas e casca com diversos fins industriais
Espécie líder no país
Resinosa mais abundante de norte a sul de Portugal
Sequestro Carbono
Pinheiro-bravo e eucalipto destacam-se pela sua capacidade de sequestro de carbono

Outras espécies

Nas propriedades geridas pelas nossas associadas estão identificadas muitas outras espécies, como o carvalho, sobreiro, pinheiro manso, medronheiro, e muitas outras. Mas a diversidade não se limita às espécies de arvores. Com natural orgulho, podemos afirmar que a biodiversidade na área florestal das nossas associadas conta com mais de 1000 espécies de fauna e flora…

Outras Espécies

Nas propriedades geridas pelas nossas associadas estão identificadas muitas outras espécies, como amieiros, freixos ou bétulas. Mas a diversidade não se limita às espécies de árvores.

Com natural orgulho, podemos afirmar que a biodiversidade na área florestal das nossas associadas conta com mais de 1000 espécies de fauna e flora.

Carvalho é uma das árvores autóctones mais icónicas de Portugal. Os carualhos que existem em Portugal são herdeiros da floresta Fagosilua, que cobria grande parte do nosso país há mais de dez mil anos.
Existem mais de 400 espécies destas áruores do género Quercus, onde se incluem a azinheira e o sobreiro.

Pinheiro Manso é considerado como uma “espécie pioneira” que tem contribuído muito para a proteção dos solos contra a erosão, para a fixação das dunas e para o enriquecimento dos  errenos pobres no nosso país.
É uma espécie extremamente valorizada pelo seu fruto (que é na realidade uma semente) – o pinhão. Já chamado como o “Caviar” da floresta, o pinhão é muito nutritivo e apreciado para a alimentação humana, com um valor comercial bastante elevado.

Sobreiro, a árvore nacional de Portugal desde 2011, é a “mãe” de um dos mais extraordinários produtos da Natureza – a cortiça. Espécie predominante no sul do país, pode viuer até aos 300 anos, sempre a produzir cortiça, a sua casca muito particular que constitui uma forte proteção natural contra o fogo. A cortiça, 100% natural, possibilita uma infinidade de produtos. A tradicional rolha é o mais conhecido, mas fruto de muita investigação está já a ser utilizada a cortiça em produtos extremamente inovadores. É também valorizado pelo seu fruto – a bolota, usada para alimentação do gado.

Medronheiro é uma espécie autóctone que cresce espontaneamente em diversas zonas do país. O interesse por esta espécie está em franco crescimento, com os produtores florestais atraídos pela potencialidade económica do fruto. O consumo em fresco, a tradicional aguardente, polpas, sumos, compotas, cosmética ou farmacêutica estão entre as várias utilizações deste fruto.

Sobreiro
a cortiça é 100% natural e possibilita uma infinidade de produtos
Pinheiro-manso
devido ao elevado valor comercial, o pinhão já é designado como o “Caviar da Floresta”
Biodiversidade
as nossas associadas contam com uma área florestal com mais de 1000 espécies de fauna e flora